A
cara do profissional "qualificado" mudou.
Há
alguns anos atrás, o mercado buscava e apostava no profissional que contava
história junto com a empresa (quanto mais "tempo de casa", mais valorizado
no processo seletivo), e, inevitavelmente, desejável que fosse maduro pessoal e
profissionalmente.
Hoje,
o cenário já não é mais o mesmo. Conhecimento, criatividade e ousadia nada tem
a ver com tempo de empresa, experiência profissional, e muito menos idade.
Cérebros
geniais e potenciais jovens surgem a todo momento.
Motivos? Uma cadeia de mudanças sócio-econômica e cultural.
Seja
como for, no mundo moderno, conhecimento
não é mais privilégio de
nenhuma elite ou faixa etária -ao
contrário: Todos podemos saber tudo o que quisermos num toque de teclas,
numa busca rápida e globalizada.
Mas,
mesmo assim, um profissional não nasce pronto. Por mais
conhecimento fácil que se tenha, existe espaço para que esta
geração de gênios se torne ainda mais surpreendente.
A gente geralmente só percebe que nossos certificados e conhecimento não nos são suficientes quando nos vemos diante de adversidades de caráter humano - emocional, relacional ou de saúde; e o ambiente profissional ou a carreira não estão blindados dessas adversidades, pois são (direta ou indiretamente) afetados pelo caráter humano, por mais avançada que possa ser a tecnologia.
Somos dotados de sentidos, com um detalhado processo cognitivo, logo, somos seres sensíveis, e por isso mesmo, podemos ser refinados ou estragados.
Em seu livro "Pequeno Tratado das Grandes Virtudes", Andre Comte Sponville descreve o conceito de virtude de um modo que me fez compreender de uma vez por todas que não existe uma qualidade pura, que suporte em si o valor de uma ideia conceitual positiva; alguns conceitos serão inevitavelmente ressignificados a partir de circunstâncias, intenções e pessoas. Por exemplo, para uma faca, ser afiada é uma característica imprescindível, contudo, se ela estiver sendo usada por um Chef de Cozinha terá uma conotação, mas se estiver nas mãos de um Serial Killer, o sentido, a impressão e as consequências de ser afiada serão bastante diferentes.
Somos dotados de sentidos, com um detalhado processo cognitivo, logo, somos seres sensíveis, e por isso mesmo, podemos ser refinados ou estragados.
Em seu livro "Pequeno Tratado das Grandes Virtudes", Andre Comte Sponville descreve o conceito de virtude de um modo que me fez compreender de uma vez por todas que não existe uma qualidade pura, que suporte em si o valor de uma ideia conceitual positiva; alguns conceitos serão inevitavelmente ressignificados a partir de circunstâncias, intenções e pessoas. Por exemplo, para uma faca, ser afiada é uma característica imprescindível, contudo, se ela estiver sendo usada por um Chef de Cozinha terá uma conotação, mas se estiver nas mãos de um Serial Killer, o sentido, a impressão e as consequências de ser afiada serão bastante diferentes.
Já ouviram dizer que até os diamantes, se lapidados, podem ficar mais encantadores e ser mais valorizados?
Um profissional talentoso, com formação, conhecimento e experiência adequados pode ser brilhante, mas se, além disso, for empático, íntegro, e treinado para estar resiliente quando necessário, aí, estaremos falando de uma joia rara. E talvez características tão óbvias não estejam sendo tratadas com a devida sensibilidade na prática do dia a dia da relação profissional.
Refinar um profissional é um trabalho sutil, que traz excelentes resultados no clima organizacional, e na entrega.
Ah, sim, existe também a possibilidade de conflitos, mas só com gestores Serial Killers. :)