Todos concordam que pessoas não são coisas. Mas o gerenciamento adequado das pessoas que existem dentro dos profissionais que trabalham nas corporações segue sendo um grande desafio para o mundo dos negócios, pois, em muitos ambientes, elas ainda são medidas como custos e recursos, por mais que, na teoria, este não seja o discurso empregado.
Pessoas não se encaixam na definição estritamente
financeira de um “ativo”, pois não podem ser negociadas como objetos de valor
estimado, e a contribuição de cada uma na produtividade do negócio não deve
ser avaliada segundo princípios meramente financeiros.
Estamos falando de seres
humanos; gente que pensa, que age, reage
e interage com emoções, talentos, e competências individuais e coletivas. Deste
modo, a contribuição deste recurso humano para o negócio deverá ser proporcional à diversidade de elementos, e
não somente ao preenchimento de uma lista fria de pré requisitos materialmente
mensuráveis.
Ainda sobre pessoas, recursos e
negócios, não podemos deixar de lado a questão do ambiente de trabalho, ou clima
organizacional.
Já está mais do que comprovado que a
produtividade e a motivação dos funcionários recebe influência direta do grupo,
do espaço e da atmosfera onde estão inseridos. Embora difícil de ser mensurado, visto que na
sua composição agrega elementos intangíveis, este é um tema que não deve ser negligenciado.
Os
elementos envolvidos na construção de um clima organizacional são:
·
As
pessoas –
com suas funções e responsabilidades, seus estilo, temperamento, formação e
talentos (além de outros detalhes),
·
A
organização
– com sua política, seu plano de remuneração e
benefícios, seus procedimentos e
cultura,
·
O
espaço
– com seus recursos e infraestrutura.
Um consultor terceirizado com
contrato de prazo indeterminado, uma vez com presença frequente na corporação,
terá condições de...
·
Participar de reuniões de staff para
melhor compreender a modus operandis
do negócio e ajudar na definição de procedimentos e prioridades
administrativas;
·
Ao
longo das visitas e permanências no ambiente, desenvolver apresentações e palestras – identificadas como ferramenta
útil em suas observações, que serão
inseridas na programação regular das atividades dos funcionários das áreas;
·
Observar, registrar possíveis ruídos
de informação, desvios de postura e pequenas ocorrências, desenvolvendo planos
ou agindo pontualmente para que não se transformem em futuros conflitos expressivos;
·
Uma
vez identificada qualquer necessidade de aperfeiçoamento relacionada à habilidades e compreensão de
determinados temas, poderá realizar treinamentos específicos
relacionados ao desenvolvimento pessoal e profissional dos funcionários;
·
Diagnósticos
de consultorias individuais também
poderão ser realizados, e as sessões
acontecerão sem custo adicional – exceto em caso de necessidade de
ferramentas extras, não disponibilizadas pela empresa.
Creio que estas e demais outras oportunidades
de atuação do consultor permanente podem ajudar a manter um
clima organizacional favorável ao bem-estar dos colaboradores, produtividade
elevada e criação de valor para a organização; minimizando o impacto destas
questões no dia a dia da diretoria, e facilitando a interação entre as áreas
(como parceiras e clientes), o que poderá garantir maior efetividade de todos
(diretoria e subordinados) nos processos relevantes para o Core Business.
Um Consultor permanente funcionará parecido
com um ombudsman – que é um profissional com a função de receber críticas,
sugestões e reclamações de usuários e clientes, com o dever de agir de forma
imparcial para mediar conflitos entre as partes envolvidas. Hoje em dia, o
ombudsman se transformou em uma profissão presente em quase todas as grandes e
médias empresas, sejam públicas ou privadas. Sua função é enxergar os problemas e pontos negativos, a partir da
ótica do cliente ou do cidadão, e tentar solucionar as crises de maneira
imparcial. Dentro da empresa, o ombudsman pode ser um intermediador entre
áreas, gestores e funcionários.